Era uma noite normal, que passava na casa de minha avó paterna. Estava vendo TV quando a minha avó me chamou dizendo que meu pai precisava falar comigo. Já fazia algum tempo que meu pai tinha ido para Natal, e fazia mais ainda que ele estava namorando com a minha atual madrasta. Atendi calmamente. Ele falava para eu pensar em algo que eu sempre havia desejado muito ganhar, as primeiras coisas que vieram à minha cabeça, claro, eram coisas materiais. DVDS, CDS, livros, celular, notebook, etc. Ele disse que o que eu ganharia era bem melhor do que tudo isso. Eu pensei o que seria melhor do que tudo isso, nada me veio à mente. Até que ele percebeu que todo aquele mistério não chegaria a conclusão nenhuma, e decidiu falar. Eu teria um irmão. “O quê?” Eu quase morri quando soube. Não, não era o melhor presente que eu poderia ganhar. Eu já tinha 13 anos de filha única, mudar dessa maneira não era algo que eu desejasse. Sinceramente, eu queria ter um irmão até os meus oito anos, depois disso eu aprendi a me conformar de que seria filha única. E não me faria falta, não mais.
Ok, depois do choque e de reclamar bastante, eu comecei a aceitar, e até a gostar da ideia de ter um irmão ou irmã. Eu ficava todos os dias, os dias todos pensando com as minhas amigas sobre que nome dar para ele ou ela. Fazíamos listas de nomes bonitos. Essas coisas me distraíam, e me deixava feliz. A cada dia que se passava, mais eu amava o meu irmão. Ele era único, e seria lindo.
Hoje, tanto tempo já se passou... Ele já está com cinco meses, quase um homenzinho. O meu lindo Gabriel. Apesar de só ter visto ele uma vez na vida, eu sempre o amarei. E sei que ele sempre saberá que eu sou a sua irmã, independente da distância. Pois o que eu sinto por ele hoje, é muito mais do que eu imaginei sentir quando eu soube da notícia, naquela noite na casa da minha avó paterna. Pois ele é único, e é lindo. Quero que saiba, que ele será para sempre o meu Bielzinho, o meu eterno bebê... Afinal, são 13 anos de diferença. Quando ele tiver 13 anos, eu terei 26. Te amo, beijos. Fer.
28 de abril de 2010 às 18:49
Oi, Fer. Quando seu pai disse que seu blog estava incrível, eu não dei muita confiança, afinal, pai é sempre babão. Mas confesso que adorei! Ele não exagerou em nada. Sobre este texto em especial gostaria de dizer que achei muito legal o seu posicionamento em relação ao Gabriel. Tenho certeza de que vocês se darão muito bem, apesar da distância, ou justamente por causa dela. Irmão longe acaba sendo melhor porque não tem o desgaste da convivência, quando se encontrarem será sempre para matar as saudades.
Sucesso com o blog! Parabéns e beijocas.
Claudia.
30 de abril de 2010 às 09:51
Liiiindo, Nanda! Até enchi os olhos de lágrimas, me lembrei de todos aqueles momentos iniciais, da descoberta da gravidez e das mudanças que ela traria à minha vida. Uma grande e linda mudança, meu filho, nosso Gabriel. Hoje, assim como você, o que sinto por ele é enorme e nem cabe dentro de mim. Não saberia viver sem ele.
Parabéns pelo blog, cada vez melhor e bem escrito.
Beijos.
10 de maio de 2010 às 19:08
Nanda,
Adorei o texto e é bom saber como se sente.
Vocês dois são meus grandes amores e vou ficar muito feliz toda vez que puder vê-los juntos, independente da distância.
Beijos muitos
26 de junho de 2010 às 07:50
Ainnnn Meu olho encheu de lágrima... Tenho certeza q vc e o Gabriel vao se dar muito bem! Sem o desgaste da convivência diária então, vai ser ótimo \o/ Esse lance de blog é o máximo. Sua história me lembrou do meu irmão que não nasceu. Depois de 27 anos eu iria ter um irmão por parte de pai, acredita??? E me senti estranha, meio q com ciúmes do novo irmão (eu tenho uma irmã mais nova), mas ao mesmo tempo feliz. Ele resolveu não vir, mas se tivesse aqui amaria ele muito muito, igual vc ama o Biel. Bjs!