Amor Platônico

Os adolescentes são muito apaixonados, disso ninguém discorda. Nós parecemos acreditar que só existe amor uma única vez na vida, porque nos entregamos de corpo e alma. Quando o amor acaba, nós sofremos como se tivessem nos matado, mas nos esquecemos que passa o tempo, a dor passa também. Nós somos muito intensos nos nossos sentimentos. Mas eu acredito, que a maior “perda de tempo” nisso tudo, não é quanto nos entregamos ao amor, mas sim, para quem entregamos o nosso amor. É muito comum, nós, adolescentes, nos apaixonarmos por pessoas que são consideradas “impossíveis”, o tão famoso amor platônico. Nós nos entregamos a pessoas que nem sabem de nossa existência, nós o amamos, o idolatramos, o veneramos como se eles realmente fossem pessoas próximas de nós. Escrevemos lindos textos apaixonados, dedicamos horas de nossos dias pensando neste amor, temos várias fotos deles no nosso computador ou até mesmo no porta-retrato perto da cama rs, babamos por sua beleza, e o desejamos cada dia mais. Esquecemos que eles têm defeitos, e que principalmente, eles são humanos, e que príncipes encantados não existem. Nós não o vemos como eles realmente são, colocamos muita expectativa, muitos créditos que muitas vezes eles não merecem ter. Ficamos cegas e na maioria das vezes, nos fechamos para a realidade. Criamos um mundo de fantasias, talvez para nos refugiar das decepções do mundo real. Nós nos fechamos, principalmente, para amores que podem virar alguma coisa de verdade. Amores que possam nos fazer felizes, mesmo com suas imperfeições e defeitos.

Na maioria dos casos, os amores platônicos, são os primeiros amores que temos. Nós aprendemos a amar por causa deles. Quando o tempo passa, e o amor se acalma, nós sentimos as primeiras dores que o amor insiste em deixar. A perda do encanto, da fantasia, e do mundo que criamos. Reparamos nos defeitos que esse “príncipe encantado” tem e sempre teve, e começamos a perceber o quanto fomos tolas em amar pessoas que não eram tanta coisa assim.

Sei que todas as meninas já passaram por isso, já tiveram um amor platônico, mesmo que muito pequeno e muito rápido, mas isso vem de cada um. Há meninas que não amadurecem e que passam a vida se apaixonando por pessoas impossíveis, mas há outras que aprendem com seus erros e começam a reparar nas pessoas que estão ao seu redor, e vêem que em alguma delas pode residir o verdadeiro amor. Beijos, Fer.

Amores impossíveis

15:43 Postado por Carol e Fer 6 comentários

Quem nunca sofreu de amor platônico? Amor platônico é aquele amor impossível, à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve.Criado por fantasias e idealizações, mais ou menos o que as meninas hoje em dia sentem pelos Jonas Brothers, Robert e Taylor, e Colírios da Capricho, rs. O nome "Platônico" vem de Platão, justamente porque o filósofo grego acreditava na existência de dois mundos -o das idéias, onde tudo seria perfeito e eterno, e o mundo real, finito e imperfeito. O amor platônico mostra uma dose de imaturidade emocional, pois você nunca vai sofrer os limites e as frustrações de uma relação concreta. Depois de algumas pesquisas descobri que os psiquiatras dizem que o amor platônico reproduz o amor infantil pelos pais, vistos como figuras perfeitas e supervalorizadas, por isso esse sentimento louco por pessoas que mal conhecemos (apesar de nesses casos procuramos estar informados com o que se passa na vida do nosso "amor").
Sempre que falamos sobre amor platônico imaginamos meninas fanáticas enlouquecidas, mas não podemos nos esquecer dos meninos que também sofrem com isso, só que em silêncio (na maioria dos casos). Apesar de ser uma coisa muito comum entre os adolescentes, nos resta a seguinte questão, que cada um vai respondê-la da sua maneira: O Amor Platônico é saudável? Eu acho que depende muito. É como se existissem dois tipos de amores platônicos: o Saúdavel, onde a pessoa tem apenas uma enorme admiração, que não a impede de fazer nada, e quando a pessoa menos esperar já vai estar "paquerando" outras pessoas rs, porque com a mesma velocidade que chegou, esse amor se foi e o Doentio, onde a pessoa simplesmente esquece de viver, só sabe falar sobre o tal amor, e se impede de amar uma pessoa que realmente conhece e que vale a pena.
Por todo mundo passar por isso, e ser um assunto e discussão muito comum, muitos artistas já falaram sobre isso. Como por exemplo, a música Amor Platônico da Legião Urbana, que retrata exatamente como os amantes se sentem "
Eu sou apenas alguém, ou até mesmo ninguém, talvez alguém invisível que a admira a distância, sem a menor esperança de um dia tornar-me visível".
Essa é apenas uma reflexão sobre o assunto, mais voltada para o meu ponto de vista. O que acharam? E o que pensam sobre amor platônico? É saudável? Espero que reflitam sobre o tema. Beijos, Carol.

A exigência exagerada dos pais


Ao falarmos de pais exigentes, neuróticos ou super protetores, muitas pessoas não sabem a fundo o que realmente nós estamos querendo dizer. A maioria dos adolescentes atuais dizem que passam por isso, que têm pais chatos e irritantes. Mas isso não é verdade, não nesses casos. Nós confundimos muito pais realmente neuróticos com pais que apenas querem nosso bem. Não existem pais que não briguem, que não exijam coisas que você deva fazer, que não se preocupem, mesmo que distante, com os seus estudos, etc. Mas há pais que passam dos limites. Que mesmo sem perceber, acabam tirando de seus filhos a felicidade. Acredito que se eles parassem e percebessem o mal que fazem para seus filhos, não o fariam. Ao conversar com esses pais, e ao tentar entendê-los, nós vemos claramente que eles não fazem isso desejando o mal. Eles pensam que agindo desta maneira poupará seus filhos de algum tipo de decepção, que muitas vezes eles tenham passado. Eles me passam a impressão de insegurança. Um exemplo disso são pais que exigem o melhor dos filhos nos estudos. Ou eles não eram bons alunos e não se deram muito bem na vida ou eram também muito bons e se deram muito bem na vida e têm medo dos filhos virarem pessoas com pouca inteligência e por isso não seguirem os seus passos. Mas não é esse o único caso de pais exigentes ao extremo, existe uma infinidade. Há pais que querem que os filhos sejam melhores em esportes, outros querem que os filhos sigam uma certa profissão, outros querem que os filhos tenham um corpo perfeito, outros parecem que não percebem que o tempo passa e que os filhos crescem, etc. Não importa a maneira dos pais de serem exigentes, eles sufocam os filhos e não entendem que quanto mais o tempo passa, pior fica para eles. Por causa da insegurança dos pais, eles pagam um preço alto. Por sua vez, também cada filho age de uma maneira diferente a tanta pressão. Alguns apenas aceitam com medo de arranjarem confusão em casa, e abrem mão de sua felicidade. Alguns se revoltam e se tornam adolescentes seriamente rebeldes. Alguns sofrem calados, que choram em silêncio, e que acabam se distanciando das pessoas, e se tornando adolescentes depressivos. Alguns perdem a fome ou deixam de comer, passando a ter então, bulimia e/ou anorexia. Alguns viram pessoas agressivas e que acabam descontando em outras que não tem nada a ver com a situação. A atitude dos filhos tem muito a ver com a educação e com a personalidade de cada um. Penso que os pais deveriam ser mais conscientes e os filhos deveriam tentar dialogar. Isso faz tão mal aos pais quanto aos filhos. E a sociedade acaba se tornando cada vez mais individualista, egoísta e problemática. Pensem nisso. Beijos, Fe.

Pais exigentes, filhos imperfeitos

16:14 Postado por Carol e Fer 4 comentários
Posso observar meio em que convivo, adolescentes com pais muito exigentes, e também pude observar como isso fica relacionado em suas vidas. O que vemos são pessoas que esperam que os filhos alcancem e mantenham, continuamente, o máximo de capacidades e um pouco mais. Eles tem que ser os melhores em tudo que fazem, tanto na escola quanto nas atividades extra-curriculares, que nesses casos costumam ser muitas. E para esses pais não importa a vida dos filhos além dessas "obrigações", com isso não se importam se tiverem que renunciar a algo importante ou que faça o adolescente feliz, com tanto que alcancem as metas exigidas. Enfim, além dos pais que exigem um alto grau de desenvolvimento intelectual, existem também pais que exigem que seus filhos sejam os "melhores" inclusive fisicamente. Em alguns casos, os pais também tem culpa quando seus filhos (principalmente filhas) desenvolvem anorexia ou bulimia. Muitas vezes os pais vêem nos filhos a chance de fazer algo que não conseguiram em suas juventudes, mas o que eles não percebem é que seus filhos tem vida também. E com todo esse estresse e exigências dos pais, muitos jovens esquecem da vida fora das obrigações, e em alguns casos podem sofrer até doenças, como depressão e neorose. Esses pais também ao privarem seus filhos de terem vidas normais, acabam os super protegendo, despreparando-os para uma vida adulta. E, na minha opinião os jovens que sofrem toda essa cobrança acabam tendo mais dificuldades em se relacionar com outros, também podendo ser rotulados e excluídos da sociedade.
Esse é apenas o meu ponto de vista, deixem seus comentários falando o que acham sobre esse assunto. Beijos, Carol.

Correria diária


Na sociedade atual, não existe vida sem hora marcada, sem a louca rotina de sempre precisar ter tempo para fazer tudo. É necessário planejar a nossa rotina, não tem como “empurrar com a barriga”, sempre terá um momento em que a vida exigirá de você um maior grau de maturidade. Mas temos que nos lembrar sempre que todo mínimo espaço em branco na “agenda” tem que ser aproveitado, tente colocar este mínimo espaço dedicado aos simples prazeres da vida. Rir com os amigos, ver um filme, ler um livro, ir ao cinema, fazer compras, namorar, etc. Podem parecer coisas banais, mas acredite, é bem mais importante do que pensamos. Não podemos nos entregar à correria diária, nossa vida vai além disso. Se eu tivesse que ter uma posição a respeito deste tema, com certeza eu defenderia a ideia de existir um meio-termo, um equilíbrio. Não podemos nos esquecer da nossa vida profissional, mas nem por isso podemos abandonar a nossa vida pessoal.
Sei o quanto é difícil manter sempre o equilíbrio das situações diárias. Há dias que chego a gritar de desespero, nem ao menos sei o que fazer com tantos deveres de casa, tantas atividades. Mas nessas horas, tento respirar fundo e parar para raciocinar. Se as coisas ficam sobrecarregadas para mim, eu apenas, abro mão de fazer algum deverzinho (rs) e arco com as consequências mais tarde. Todo o ato exige uma consequência, e é isso que não podemos nos esquecer.
Tenho uma amiga, que ela simplesmente abriu mão da diversão. Ela esquece que a vida não é eterna, e que quando ela perceber o tempo que andou perdendo, pode não ser o suficiente para voltar atrás. Não digo que devemos ser sedentários e ociosos, mas temos que saber montar uma rotina, fazer de uma forma que não te desgaste de uma maneira tão cruel.
É difícil sim, mas não impossível. Nunca devemos nos esquecer de que somos humanos, e que precisamos de responsabilidades, compromissos, deveres, obrigações, seguir rotinas, mas também precisamos de momentos de lazer.
Divirta-se. Ria. Arrisque. Brinque. Saia. Gaste. Pule. Cante. Dance. Corra. Faça o que quiser, mas lembre-se sempre de que compromissos existem e eles não podem ser ignorados ou deixados de lado. Viva a vida, pois ela não é tão longa quanto parece ser.
Beijos, Fe.

Hora Marcada

16:44 Postado por Carol e Fer 1 comentários

Como todos sabem, horário é uma coisa muito presente no nosso agitado dia-a-dia, e não quero me referir só a vida adolescente, mas a todos os brasileiros, ou até a todos os seres humanos. Nós passamos a vida toda regrados em base a um determinado horário. Até escrever aqui é difícil para a gente, é muita coisa! Escola, atividades extracurriculares, deveres, cursos, e como ninguém é de ferro, até um cochilinho básico nos custa caro. Nossas vidas são muito corridas. Umas pessoas não ligam muito para isso, vivem sempre atrasadas, mas outras chegam até a ser exageradas, e as pessoas que apenas "jogam conforme as regras" são obrigadas a cumprir todos os horários de forma exaustiva. Sei que todos temos horários e reclamamos muito deles (ou não, rs), mas já pararam para pensar em como antigamente as pessoas viviam? Alguns trabalhadores tinham jornadas de 12hrs por dia! É claro que isso ainda existe, mas creio eu, que muito menos do que nessa época a qual estou me referindo. Apesar de estar apenas criticando os nossos horários quero dizer que eles são essenciais para nossas vidas. Já pensou ter que ir para escola sem saber quando, ou marcar de sair com algum amigo e não saber quando exatamente se encontrar com ele? Seria uma loucura.
Mas, se você realmente desejar fazer algo, apesar da agenda lotada, você consegue. Muitas pessoas (até eu) sempre falam que gostam muito de ler
, mas não tem tempo, tá aí uma grande mentira, eu tenho muito bem o meu tempo para estar na internet e para escrever aqui, certo? Então se eu realmente quisesse estar lendo daria um jeito para fazer isso. Entenderam a nossa grande capacidade de nos enganarmos? É só eu simplesmente colocar a culpa no tempo e está tudo bem, quando realmente não está. A gente pode fazer o que quiser é só se organizar (odeio quando o meu pai me lembra disso, rs). Então, pensem sobre isso e esperem para conferir o que a Fê tem a dizer sobre Hora Marcada. Espero os seus comentários. Beijos, Carol.

Bem-vindos ao "Ela diz, ela diz"

13:58 Postado por Carol e Fer 0 comentários
Só como apresentação, somos duas adolescentes de 14 anos com uma vida normal, louca e agitada, típico de meninas dessa idade. Neste blog, nós vamos abordar diversos temas (polêmicos ou não) que passamos nessa fase tão difícil. Nosso maior objetivo, é convidá-los a pensar e a questionar sobre essa vida tão maluca em que vivemos. Em relação a organização do nosso blog iremos fazer duas postagens sobre o mesmo assunto, cada um com a visão de uma de nós.
Beijos, Fernanda e Carolina, suas novas amigas.